- Ó, amigos, mudemos de tom!
- Entoemos algo mais prazeroso
- E mais alegre!
- Alegria, formosa centelha divina,
- Filha do Elíseo,
- Ébrios de fogo entramos
- Em teu santuário celeste!
- Tua magia volta a unir
- O que o costume rigorosamente dividiu.
- Todos os homens se irmanam
- Ali onde teu doce vôo se detém.
- Quem já conseguiu o maior tesouro
- De ser o amigo de um amigo,
- Quem já conquistou uma mulher amável
- Rejubile-se conosco!
- Sim, mesmo se alguém conquistar apenas uma alma,
- Uma única em todo o mundo.
- Mas aquele que falhou nisso
- Que fique chorando sozinho!
- Com esta esta parte da letra da 9º Sinfonia de Beethoven começamos este artigo, saudando este amizade que unia além do compositor o poeta, filósofo e historiador Johann Christoph Friedrich von Schiller. A nona sinfonia de Beethoven incorpora parte do poema An die Freude ("À Alegria"), uma ode escrita por Friedrich Schiller, com o texto cantado por solistas e um coro em seu último movimento. Foi o primeiro exemplo de um compositor importante que tenha se utilizado da voz humana com o mesmo destaque que os instrumentos, numa sinfonia, criando assim uma obra de grande alcance, que deu o tom para a forma sinfônica que viria a ser adotada pelos compositores românticos. Quando ele [Beethoven] começou a trabalhar no quarto movimento, a batalha recomeçou, mais intensa do que nunca. Sua meta era a de encontrar uma maneira apropriada de introduzir a ode de Schiller. Um dia ele [Beethoven] entrou na sala Anton Schindler, célebre amigo de Beethoven gritando: 'Consegui, consegui!' E então me mostrou um caderno com as palavras cantemos a ode do imortal Schiller'". No entanto, esta introdução acabou nunca chegando à obra final, e Beethoven ainda passou muito tempo reescrevendo aquela parte até que ela atingisse a forma conhecida atualmente.
Amizade com Goethe
Em 1794 floresce uma forte amizade com Goethe, que se iniciou na verdade em 1788, quando este retorna de sua viagem à Itália. No início ambos não sentiram grande entusiasmo um com o outro, porém com o tempo iniciaram uma cooperação que se tornou icônica do Romantismo alemão. As cartas que trocaram se tornaram históricas, e são prova da amizade sincera que existiu entre os dois e que sempre foi temperada com uma dose de competição. Goethe se sentia incomodado com o sucesso de seu "concorrente mais jovem",] sentimento que era compartilhado por Wieland, e não suportava o vício de Schiller pelo tabaco e pelo jogo. Apesar disso, os dois tiveram uma fértil produção, como o poema Xênias (1796), baseado no livro homônimo de Marcial.Fonte: Wikipédia
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Friedrich Schiller, retrato de Ludovike Simanoviz |
1 Comentários
Olá amigo Geraldo!
ResponderExcluirInteressante a amizade deste fantástico trio.
A pouco tempo li uma biografia muito interessante de Einstein, onde se baseava na troca de correspondências dele com ilustres colegas e pensadores. Foi uma leitura fantástica.
Logo, ao ver esta amizade e troca de correspondências fico imaginando o quando isto esboça deste período incrível de produção cultural alemã.
Penso na qualidade potencial do diálogo entre Goethe e Schiller.
Abraços, Fernandez.
Obrigado pelo seu comentario!!! Volte Sempre!!!