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Diaspora Alemã


 VÖLKERWANDERUNG / AUSWANDERUNGSWELLE

Os sobrenomes tipicamente alemães encontrados na Inglaterra, Holanda, Áustria, Luxemburgo, França, Itália e outros lugares da Europa, da Ásia e das Américas confirmam a grande dispersão que se processou através de muitos séculos e a manutenção do Alemão como língua materna mesmo depois de séculos em terras estrangeiras. 

 
No idioma alemão dá-se o nome de Völkerwanderung para a série de migrações de vários povos que ocorreu entre os anos 300 e 900 a partir da Europa Central e que se estenderia a todo o continente. No entanto, a dispersão de germânicos por meio de contínuas migrações para todas as direções continuou no transcorrer dos anos até os dias de hoje. Nos séculos XVIII e XIX, a grande onda de migração, denominada Auswanderungswelle, foi principalmente para as Américas. 

 Existem regiões européias onde sobrenomes germânicos ocorrem como resultado de circunstâncias históricas específicas. Entre estas regiões estão Siebenbürgen (Sete Castelos), um território na Transilvânia, localizado nos limites da moderna nação da Romênia. Por volta do ano de 1150, numerosos colonizadores alemães ali se estabeleceram. Foram denominados pelos nativos como “saxões”, um termo aplicado a todos os germânicos pelos povos dos Balcãs. E isto ocorreu um século antes da fundação de Berlim. 

 Sobrenomes alemães também podem ser encontrados na Rússia e na Ucrânia. Já no século XIII, em seguida à invasão mongol, as autoridades da Ucrânia e da Rússia recrutaram mercadores e artesãos germânicos para revitalizar as cidades devastadas pelas hordas asiáticas. 

Sempre houve fluxos migratórios para o leste europeu, dadas as lacunas habitacionais. Os que migravam continuavam falando Alemão e vivendo a cultura alemã. Mais tarde, no século XVIII, a convite da imperatriz Catarina, a Grande, mais colonizadores germânicos estabeleceram-se nas férteis terras banhadas pelo rio Volga. 

Enquanto alguns alemães aprenderam a língua local e adotaram costumes eslavos, muitos se mantiveram como alemães, vivendo em cidades de língua alemã com nomes alemães, freqüentemente sob o sistema legal conhecido como “Magdeburg Lam”, tomado da cidade alemã de Magdeburg. 

Também na direção do Báltico, a partir do século XII, aventureiros, mercadores e missionários alemães eram bem ativos e a influência alemã era refletida em diversos sobrenomes encontrados pela Pomerânia, Letônia, Lituânia e Estônia. A Alemanha medieval foi o berço de muitas cidades dinâmicas e independentes, onde as classes governantes eram formadas de abastados mercadores e profissionais dos mais diferentes ramos.

A GRANDE DIÁSPORA ALEMÃ

Conforme estas migrações se desenvolviam, a cultura alemã ia se difundindo através da Europa. No entanto, o idioma foi se desenvolvendo de forma desigual, em muitas localidades que não tinham ligação entre si, por isso não é falado do mesmo modo e existem tantas tendências regionais, tantas particularidades e tantos dialetos. 

Esta grande diáspora de germânicos pelo mundo por um período de tempo tão prolongado provocou separações, cortou laços familiares e marcou profundamente na alma alemã os sentimentos de saudade e o anseio básico que o descendente sente em ter contato com outros descendentes, bem como a sensação que os D.As. (Descendentes de Alemães) deveriam ser mais unidos. Também explica a presença habitual da palavra Heimat na música alemã. 

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