Os 185 anos da chegada dos imigrantes alemães ao Rio Grande do Sul (1824 - 25 de julho - 2009) foram lembrados pela Câmara Municipal de Porto Alegre nesta segunda-feira, 29, em sessão antecipada devido ao recesso parlamentar de julho.
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Proposta pelo vereador Beto Moesch (PP), a homenagem contou com as presenças do cônsul-geral da Alemanha no RS e SC, Norbert Kürstgens, e dos presidentes da Fecab - Federação dos Centros de Cultura Alemã no Brasil, Jorge Wolfgang Globig, e do Instituto Cultural Brasileiro-Alemão, Gerhard Jacob, além de representantes de vários segmentos da imigração alemã.
Foto Elson Sempé Pedroso
Vereador Beto Moesch e cônsul-geral Norbert Kürstgens
Foto Elson Sempé Pedroso
Vereador Beto Moesch e cônsul-geral Norbert Kürstgens
Moesch lembrou que os imigrantes alemães ajudaram o Rio Grande do Sul a transformar-se em uma potência industrial no século XX. “Os colonizadores ousados que colaboraram para o desenvolvimento da agricultura em solo gaúcho foram os mesmos que, com suas habilidades artesanais, formaram as bases da industrialização no Estado”, comentou, acrescentando que a identidade alemã está estreitamente vinculada à laboriosidade e ao associativismo.
Conforme o parlamentar, a capital gaúcha é privilegiada por abrigar a riqueza histórica germânica e sediar o Consulado Geral da Alemanha, a Câmara Brasil-Alemanha e diversas entidades de origem alemã. “Poderíamos aproveitar mais essa proximidade e nos beneficiar da força tecnológica, cosmopolita e democrática da nação alemã em um saudável intercâmbio de desenvolvimento”, afirmou.
Conforme o parlamentar, a capital gaúcha é privilegiada por abrigar a riqueza histórica germânica e sediar o Consulado Geral da Alemanha, a Câmara Brasil-Alemanha e diversas entidades de origem alemã. “Poderíamos aproveitar mais essa proximidade e nos beneficiar da força tecnológica, cosmopolita e democrática da nação alemã em um saudável intercâmbio de desenvolvimento”, afirmou.
Ele ainda citou a importância da memória da imigração para o desenvolvimento do turismo no Estado. “Muitos municípios do interior ainda preservam a arquitetura germânica nas casas, utilizam o idioma alemão e promovem festas populares típicas”, destacou.
Riqueza
Adeli Sell (PP), que presidiu a solenidade, agradeceu aos alemães e a seus descendentes pela capacidade empreendedora, "que ajudou a construir a riqueza econômica e social do Estado". O vereador assinalou a contribuição cultural germânica e a data de 25 de julho de 1824, que simboliza a chegada da primeira leva de imigrantes alemães ao Vale do Sinos, de onde se espalharam para colonizar outros tantos municípios. "Parabéns e muito obrigado!", frisou.
João Carlos Nedel (PP) recordou de sua origem germânica e do aprendizado recebido do pai, permeado de valores como amor à ordem e à disciplina e da vocação para o trabalho, características inerentes ao povo alemão. "Essa é herança é maior que a própria colonização", definiu. Na opinião do vereador, o Brasil ganhou em todos os campos ao receber os alemães, cuja influência é facilmente perceptível nas mais diversas áreas.
História
O presidente da Federação dos Centros de Cultura Alemã no Brasil, Jorge Wolfgang Globig, explicou que os 39 imigrantes pioneiros alemães aportaram primeiro em Porto Alegre, em 18 de julho de 1824. Uma semana depois chegariam à região de São Leopoldo, ficando a data de 25 de julho estabelecida como marco inicial da imigração. Mas a influência sobre a Capital, na sua opinião, também foi enorme em diversas áreas, como a arquitetura, cujo maior representante foi o alemão Theodor Wiedersphan, responsável pela criação, no início do século 20, dos principais monumentos arquitetônicos que hoje orgulham a capital gaúcha. Ao agradecer a homenagem, Globig convidou todos a participarem dos festejos dos 185 anos. No dia 17 de julho, no Centro Cultural 25 de Julho de Porto Alegre, serão homenageados, como representante da capital, a historiadora Hilda Agnes Hübner Flores e, como representante do interior, o museólogo Flávio Seibt, fundador e diretor do Museu de Venâncio Aires.
Foto Elson Sempé Pedroso
Jorge Wolfgang Globig, presidente da Fecab
O cônsul-geral da Alemanha, Norbert Kürstgens lembrou os desafios encontrados pelos imigrantes pioneiros. "Em 1824, o Rio Grande do Sul era uma terra despovoada, com pouco mais de 100 mil habitantes, dos quais 10% viviam em Porto Alegre", informou. "Na Alemanha da época, devido às guerras, à fome, e ao desemprego maciço decorrente da Revolução Industrial, as perspectivas eram sombrias". Segundo ele, dos milhões de alemães que emigraram, cerca de 300 mil embarcaram para o Brasil. "A recompensa: um pedaço de terra, uns poucos utensílios e uma floresta de perigos e desafios pela frente”.
Foto Elson Sempé Pedroso
Jorge Wolfgang Globig, presidente da Fecab
O cônsul-geral da Alemanha, Norbert Kürstgens lembrou os desafios encontrados pelos imigrantes pioneiros. "Em 1824, o Rio Grande do Sul era uma terra despovoada, com pouco mais de 100 mil habitantes, dos quais 10% viviam em Porto Alegre", informou. "Na Alemanha da época, devido às guerras, à fome, e ao desemprego maciço decorrente da Revolução Industrial, as perspectivas eram sombrias". Segundo ele, dos milhões de alemães que emigraram, cerca de 300 mil embarcaram para o Brasil. "A recompensa: um pedaço de terra, uns poucos utensílios e uma floresta de perigos e desafios pela frente”.
Conforme Kürstgens, hoje não existe setor de atividade no Rio Grande do Sul em que não se faça presente a herança da colonização alemã. Ele citou como exemplo a arquitetura, em especial a série de prédios históricos no Centro de Porto Alegre projetada por Theodor Wiederspahn, "considerado o maior arquiteto gaúcho". Sugeriu que a Câmara Municipal fizesse justiça a este grande vulto, até hoje não lembrado por nenhuma rua ou praça da capital gaúcha.
Foto Elson Sempé Pedroso
Foto Elson Sempé Pedroso
O cônsul-geral também sugeriu que o idioma alemão seja introduzido como opção no ensino fundamental. “Com quase um terço de habitantes de origem germânica, Porto Alegre assiste à perda gradual ou quase total da língua alemã pelos descendentes”, lamentou. Com isso, segundo ele, a sociedade deixa de usufruir as vantagens da assimilação científica e tecnológica mais direta da crescente integração Brasil-Alemanha.
Foto Elson Sempé Pedroso
Representantes da imigração alemã com o vereador Beto Moesch: Secretário
Nilton Braga Rosa (E), Valmor Kerber, Renato Kops, Leandro Telles, Guido Moesch, Arlindo Mallmann, Beto Moesch, Silvio Rockenbach, Décio Krohn, Norberto Gercke e Jorge Globig
Foto Elson Sempé Pedroso
Representantes da imigração alemã com o vereador Beto Moesch: Secretário
Nilton Braga Rosa (E), Valmor Kerber, Renato Kops, Leandro Telles, Guido Moesch, Arlindo Mallmann, Beto Moesch, Silvio Rockenbach, Décio Krohn, Norberto Gercke e Jorge Globig
Também saudaram os 185 anos os vereadores Ervino Besson (PDT) e Carlos Comassetto (PT). Além de Sell, Globig, Kürstgens e Jacob, compuseram a Mesa da solenidade o deputado estadual João Fischer, representante da presidência da Assembleia Legislativa, e a coordenadora de Línguas Estrangeiras da Secretaria Municipal de Educação, Joice Armani Galli.
Fontes:
Jorn. Claudete Barcellos - Assessoria de Comunicação/Câmara Municipal de Porto Alegre
Site Ver. Beto Moesch
Redação BrasilAlemanha/Neues
Jorn. Claudete Barcellos - Assessoria de Comunicação/Câmara Municipal de Porto Alegre
Site Ver. Beto Moesch
Redação BrasilAlemanha/Neues
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