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Páscoa: Origem, História e Tradições Pagãs

 

Família Voltz

Páscoa: Origem, História e Tradições Pagãs que Marcam o Presente

A Páscoa, para muitos, é sinônimo de coelhinhos, ovos de chocolate e almoço em família. Para outros, é uma data sagrada, marcada pela ressurreição de Jesus. Mas, afinal, de onde vem essa celebração? É cristã, pagã, ou uma mistura de tradições? Neste artigo, vamos explorar a fascinante jornada da Páscoa ao longo da história — da antiguidade até os dias atuais — e como seus significados se entrelaçaram com o tempo.

De onde vem o nome "Páscoa"?

Em inglês, a Páscoa é chamada de Easter, nome que, segundo o monge Beda, o Venerável (séc. VIII), tem origem na deusa Eostre, divindade anglo-saxônica da primavera e do renascimento. No entanto, essa associação é incerta, pois há pouquíssimos registros históricos sobre essa deusa.

Já em idiomas como o espanhol ("Pascua") e o francês ("Pâques"), o termo deriva do hebraico "Pesach", a Páscoa Judaica, comemorando a libertação dos hebreus do Egito. Isso mostra que o nome e o sentido da celebração variam muito conforme o contexto cultural.

Uma data móvel com raízes lunares

Você já reparou que a Páscoa muda de data todos os anos? Isso acontece porque ela é celebrada no primeiro domingo após a primeira lua cheia que segue o equinócio da primavera (no hemisfério norte). Essa escolha foi definida no Concílio de Niceia (325 d.C.), conectando a festa cristã aos ciclos lunares — algo comum nas tradições pagãs agrícolas.

A primavera, nesse contexto, simboliza renascimento, fertilidade e renovação, temas que aparecem tanto na ressurreição de Cristo quanto nas antigas festas de fertilidade, como as dedicadas à deusa Cibele e ao deus Átis, ou às deusas Ishtar/Inanna da Mesopotâmia.

O que o coelho e os ovos têm a ver com isso?

O coelho da Páscoa, figura adorada pelas crianças, tem origem nas tradições populares alemãs do século XVI, com o chamado “Easter Hare”. Os coelhos são símbolos universais de fertilidade e renovação da vida, devido à sua alta capacidade reprodutiva.

Com a imigração alemã para os Estados Unidos, a figura da lebre foi se transformando no popular “Easter Bunny”, difundido globalmente no século XX. E os ovos? Também representam nascimento, transformação e ciclo da vida, presentes em rituais de fertilidade muito antes do cristianismo.

Pagão ou cristão? Uma celebração sincrética

A verdade é que a Páscoa não tem uma origem única. Ela é uma celebração sincrética, ou seja, construída a partir de múltiplas tradições religiosas e culturais.
➡️ Do simbolismo hebraico da libertação,
➡️ à ressurreição cristã,
➡️ passando por rituais pagãos ligados à natureza,
➡️ até o comércio moderno com chocolates e pelúcias, a Páscoa continua sendo uma data de reconexão com a vida, com os ciclos e com a esperança.

Por que isso importa hoje?

Compreender as origens da Páscoa nos ajuda a valorizar a diversidade cultural que compõe nosso mundo. Mais do que uma simples data, ela representa a força da transformação, o florescimento após o frio e a possibilidade de renascer — seja espiritualmente, emocionalmente ou simbolicamente.

Seja você religioso, espiritualista ou simplesmente curioso, a Páscoa carrega mensagens universais que atravessam os séculos e continuam ecoando na forma como celebramos a vida em família e comunidade.

Finalizando...

Ao olharmos para a história da Páscoa, enxergamos uma ponte entre passado e presente, onde deuses antigos, tradições judaicas e narrativas cristãs se entrelaçam com coelhos, ovos e memórias afetivas.

Que nesta Páscoa, além do chocolate, a gente celebre o que realmente importa: renascer com consciência, amor e gratidão.


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