Localizado ao norte de Sapiranga, é formado por rochas de origem vulcânica e sedimentar. O terreno constitui-se de uma grande elevação, onde predomina a erosão. Sua altitude varia de 581 metros a 634 metros acima do nível do mar, sendo que no centro da cidade a altitude não passa de 50 metros.
Com a necessidade de preservação do Morro Ferrabraz, a lei municipal número 1400/87 colocou-o como patrimônio natural, área especial de interesse histórico e turístico.
Hoje em dia, o Morro é um centro turístico com prática de Vôo Livre. Asas-deltas e paragliders decolam das rampas em busca de emoção. Além disso, o local é propício para a prática de mountain bike. Também na encosta do Ferrabraz foi demarcado o sítio histórico dos Mucker.
Imigração alemã
Antes da emancipação, Sapiranga era considerada o quinto distrito de São Leopoldo. Existia a denominação tradicional do mundo luso, o Padre Eterno. Na época, era comum dar nomes a lugares. Os primeiros imigrantes alemães desembarcaram no Porto das Telhas, em São Leopoldo, no dia 25 de julho de 1824. Desde então, iniciou-se a história dos municípios que rodeiam o Vale dos Sinos. Esses imigrantes receberam lotes de terra, onde puderam dar início à sua habitação.
A partir da colonização alemã, iniciaram-se as modificações na estrutura do Rio Grande do Sul e do Brasil. Além disso, os colonos alemães implantaram uma nova filosofia de vida, onde o homem compartilhava seu trabalho braçal com toda a família. Dessa maneira, havia uma grande união entre os imigrantes, pois os mesmos estavam expostos às atividades de subsistência. Então, os vizinhos ajudavam-se em determinadas funções.
A cultura alemã, na agricultura, indústria, comércio, entre outros, foi se desenvolvendo desde os primórdios da história do município e se mantém até os dias de hoje.
Antes da emancipação, Sapiranga era considerada o quinto distrito de São Leopoldo. Existia a denominação tradicional do mundo luso, o Padre Eterno. Na época, era comum dar nomes a lugares. Os primeiros imigrantes alemães desembarcaram no Porto das Telhas, em São Leopoldo, no dia 25 de julho de 1824. Desde então, iniciou-se a história dos municípios que rodeiam o Vale dos Sinos. Esses imigrantes receberam lotes de terra, onde puderam dar início à sua habitação.
A partir da colonização alemã, iniciaram-se as modificações na estrutura do Rio Grande do Sul e do Brasil. Além disso, os colonos alemães implantaram uma nova filosofia de vida, onde o homem compartilhava seu trabalho braçal com toda a família. Dessa maneira, havia uma grande união entre os imigrantes, pois os mesmos estavam expostos às atividades de subsistência. Então, os vizinhos ajudavam-se em determinadas funções.
A cultura alemã, na agricultura, indústria, comércio, entre outros, foi se desenvolvendo desde os primórdios da história do município e se mantém até os dias de hoje.
Os muckers
Um dos momentos mais conturbados da história de Sapiranga se deu no final do século XIX. Jacobina Mentz e seu marido, João Maurer, fundaram uma seita religiosa no Morro ferrabráz. Muckers (em alemão significa falso santo).
Jacobina e João Jorge Maurer se conheceram em Hamburgo Velho, na metade do século XIX. Casaram-se e mudaram-se para Leoner-Hof (como era denominada Sapiranga). Jacobina sofria de ataques epilépticos, desde criança, o que fazia com que ela fosse vista como vítima de um transtorno do sistema nervoso, agravados por leituras de natureza religiosa.
Além disso, Jacobina auxiliava o marido no curandeirismo. Naquela época, os médicos eram escassos. Então, as pessoas apelavam para os curandeiros. Aos poucos, Jacobina misturava a religião com o atendimento aos doentes, através de leituras de passagens bíblicas para os pacientes. Logo, ela tornava-se famosa por suas meditações milagrosas.
Os adversários de Jacobina, preocupados com os acontecimentos no Ferrabraz, realizaram um abaixo-assinado, levando a imprensa da época a tomar partido contra Jacobina.
Em pouco tempo surgiram diversos conflitos entre esses dois grupos, acarretando em violência e mortes. Em 28 de junho de 1874, forças policiais atacaram os muckers, que venceram o conflito. Isso contribuiu para a crença da divindade de Jacobina. Após outro ataque falho, Jacobina conseguiu fugir e se esconder no Ferrabraz. O fim do conflito se deu em 2 de agosto do mesmo ano, quando um traidor levou as forças policiais até o esconderijo de Jacobina Mentz, que foi morta junto da maioria dos muckers.
Um dos momentos mais conturbados da história de Sapiranga se deu no final do século XIX. Jacobina Mentz e seu marido, João Maurer, fundaram uma seita religiosa no Morro ferrabráz. Muckers (em alemão significa falso santo).
Jacobina e João Jorge Maurer se conheceram em Hamburgo Velho, na metade do século XIX. Casaram-se e mudaram-se para Leoner-Hof (como era denominada Sapiranga). Jacobina sofria de ataques epilépticos, desde criança, o que fazia com que ela fosse vista como vítima de um transtorno do sistema nervoso, agravados por leituras de natureza religiosa.
Além disso, Jacobina auxiliava o marido no curandeirismo. Naquela época, os médicos eram escassos. Então, as pessoas apelavam para os curandeiros. Aos poucos, Jacobina misturava a religião com o atendimento aos doentes, através de leituras de passagens bíblicas para os pacientes. Logo, ela tornava-se famosa por suas meditações milagrosas.
Os adversários de Jacobina, preocupados com os acontecimentos no Ferrabraz, realizaram um abaixo-assinado, levando a imprensa da época a tomar partido contra Jacobina.
Em pouco tempo surgiram diversos conflitos entre esses dois grupos, acarretando em violência e mortes. Em 28 de junho de 1874, forças policiais atacaram os muckers, que venceram o conflito. Isso contribuiu para a crença da divindade de Jacobina. Após outro ataque falho, Jacobina conseguiu fugir e se esconder no Ferrabraz. O fim do conflito se deu em 2 de agosto do mesmo ano, quando um traidor levou as forças policiais até o esconderijo de Jacobina Mentz, que foi morta junto da maioria dos muckers.
Caminhos de Jacobina
O roteiro Caminhos de Jacobina foi criado com a intenção de ajudar as pessoas a conhecer mais sobre o episódio dos Muckers. Episódio esse que inspirou o autor Luiz Carlos Barreto no filme A Paixão de Jacobina. O roteiro tem os seguintes pontos:
* Cemitério no bairro Amaral Ribeiro - Mantém os túmulos de quatro moradores de Sapiranga, mortos no conflito com os Muckers, na década de 1870. A arte funerária e as inscrições nas lápides do século XIX mostram traços culturais e religiosos da comunidade.
* Estátua do Cel. Genuíno Sampaio - Estátua erguida por colonos próximo à residência de Jacobina. Em 1874, nesse local, travaram-se duas batalhas entre os soldados do Coronel Genuíno Sampaio e o grupo de Jacobina.
* Cruz de Jacobina - Neste local, Jacobina e alguns do seu grupo se abrigaram para fugir do confronto com seus perseguidores. A cruz foi colocada no início do século XX, depois da visita de um dos remanescentes do confronto. Acredita-se que neste local Jacobina tenha sido assassinada.
* Locação "A Paixão de Jacobina" - A propriedade serviu como locação para o filme "A Paixão de Jacobina". Possui uma casa em estilo enxaimel, com mais de cem anos e reproduções dos personagens do filme, uma cozinha em estilo enxaimel, um galpão onde foi filmada a cena final e a trilha da Três Quedas com acesso a cascatas onde se pode tomar banho.
O roteiro Caminhos de Jacobina foi criado com a intenção de ajudar as pessoas a conhecer mais sobre o episódio dos Muckers. Episódio esse que inspirou o autor Luiz Carlos Barreto no filme A Paixão de Jacobina. O roteiro tem os seguintes pontos:
* Cemitério no bairro Amaral Ribeiro - Mantém os túmulos de quatro moradores de Sapiranga, mortos no conflito com os Muckers, na década de 1870. A arte funerária e as inscrições nas lápides do século XIX mostram traços culturais e religiosos da comunidade.
* Estátua do Cel. Genuíno Sampaio - Estátua erguida por colonos próximo à residência de Jacobina. Em 1874, nesse local, travaram-se duas batalhas entre os soldados do Coronel Genuíno Sampaio e o grupo de Jacobina.
* Cruz de Jacobina - Neste local, Jacobina e alguns do seu grupo se abrigaram para fugir do confronto com seus perseguidores. A cruz foi colocada no início do século XX, depois da visita de um dos remanescentes do confronto. Acredita-se que neste local Jacobina tenha sido assassinada.
* Locação "A Paixão de Jacobina" - A propriedade serviu como locação para o filme "A Paixão de Jacobina". Possui uma casa em estilo enxaimel, com mais de cem anos e reproduções dos personagens do filme, uma cozinha em estilo enxaimel, um galpão onde foi filmada a cena final e a trilha da Três Quedas com acesso a cascatas onde se pode tomar banho.
Fonte: Wikipédia
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