Certas atitudes, mesmo atrasadas, rompem com aqueles pensamentos de infalibilidade de comportamentos cometidos em nome do pensamento religioso. A manchete abaixo não poderia ser melhor (dentro do pensamento da liberdade de pensamento religioso):
"Luteranos se desculpam por perseguir menonitas séculos atrás"
Luteranos se reuniram em Stuttgart |
A Assembleia Geral da Federação Luterana Mundial teve como um ponto alto o pedido de perdão dos luteranos ao menonitas. Favoráveis a reformas radicais do cristianismo, eles foram perseguidos por católicos e protestantes. Até esta terça-feira (27/07), 400 delegados de 140 igrejas-membros do mundo inteiro participam em Stuttgart, na Alemanha, da 11ª Assembleia Geral da Federação Luterana Mundial. Ao todo, mais de mil participantes discutiram, durante uma semana, questões como injustiças e soluções para problemas humanitários globais. O evento teve como ponto alto o pedido de perdão dos luteranos aos menonitas, pela perseguição religiosa ocorrida 500 anos atrás.
"Temos essa lembrança de sermos uma minoria perseguida", disse Larry Miller, secretário-geral do Congresso Mundial Menonita por ocasião de uma cerimônia de reconciliação realizada pela Federação Luterana Mundial sobre a perseguição cruel do movimento anabatista.
Os menonitas pertencem ao principal ramo do movimento anabatista. A repressão sangrenta sofrida por seus membros no século 16 faz parte dos capítulos mais sombrios da história europeia.
Um principal ponto de discórdia era o batismo de crianças. Os menonitas acreditam que seus membros devem ser batizados adultos, voluntariamente, e rejeitam o batismo de crianças. Isso fez com que fossem tachados como hereges pelo reformador Martinho Lutero (1483-1546), para quem essa era uma forma de negar às crianças a inclusão na comunidade cristã.
Lutero deixou clara sua rejeição pelos anabatistas na Confissão de Augsburg, publicado em 1530 naquela cidade alemã. Até hoje, os pastores luteranos são ordenados com base em partes dessa confissão. (Fonte: Deutsche Welle)
Curioso que a familia Mentz , pais de Jacobina Mentz Maurer, que eu já retratei aqui no artigo Morro Ferrabraz e os Muckers era anabatistas e foram obrigados a imigrar para o Brasil, pois caso contrário corriam risco de morte. Agora a justiça faz-se presente (mais uma vez pela história) para os pais de Jacobina. A filha, personagem principal dos Muckers, já teve suas reparações através dos historiadores que publicaram novos livros, livrando a fama de bruxa e prostituta. Nada como o tempo, precioso tempo, para trazer as luzes para que as verdades que foram negadas na época. Bom Tempos!!
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